domingo, 19 de abril de 2009

Confissões, ternura e suspiros

Palavras ao vento.
Promessas, alento.
Terno, tenro, telepático gesto de carinho.
Vejo vultos de você num quarto escuro.
Pinto meus sentidos nas cores mais belas da minha aquarela.
Risco seus traços na tela, meu amor.
Vejo-me em você como se num espelho houvesse um outro eu.
Sorte e revés.
Canto para chamar meus desejos mais íntimos pra dançar.
Dois prá lá, dois pra cá, sempre atropelando meus pés.
Corda bamba, um sorriso.
Viajo pelo litoral quente da sua boca.
Sorriso tropical, frescor da manhã.
Um sopro, um selo, um sabiá cantarolando minha serenata pra você.
Sinto seu perfume no tempo.
Tic-tac, tic-tac, eu sou você amanhã.
Um telefonema, um suspiro.
Sinto seu perfume no vento.
Um aviso, um sinal, meu amor de ontem, hoje, amanhã.
Te vejo nos meus olhos; pupila dilatante, ardente, incoerente.
Penso não, digo sim.
Um rock frenético na minha cabeça latejando e espremendo meus pensamentos.
Afunilo-me num túnel sem saída.
Labirinto.
Mil finais felizes, mil verdades, solidão.
Solução.
Só você.
Sou eu.
Somos um.
Meus segredos escondidos nas brechas dos meus olhos.
Selados, lacrados, autenticados em seu nome.
Sinto seu cheiro nos meus dias de chuva.
Na calçada molhada brotam flores dos seus passos.
O ácido do teu olhar corrói meus cílios... Cega-me os olhos.
Minhas vistas cerram por causa do clarão do seu sorriso.
O mais belo de todos.
O único ao qual devoto meu tão raro apreço, meu carinho.
Gostar de ti é viver cada dia de um jeito.


Natalia Seixas Pereira
19.04.09

4 comentários:

  1. Na, vc é um talento que vai sendo libertado pelas palavras, ganhando fôlego nas telas. Obrigada por poder conviver com um ser tão iluminado como ti.
    Bjos!

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  2. De tudo que eu lí hoje, o melhor.

    Pode ter certeza.

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