sexta-feira, 5 de fevereiro de 2010

Longínquo querer

Ser feliz é obrigatório quando você está aqui.
Mais do que flores são os jardins logo atrás na avenida.
Aterro mais verde que marte, beleza dos olhos do rapaz que se senta ao meu lado todos os dias.
Na minha cabeça a sua presença é constante.
Caminho decorado eu tenho na cabeça, passa como enigma pelos seus olhos, mais do que inflamados de paixão.
Esse dia vai chegar, vamos explodir, vamos derramar o combustível de nós dois pelo chão como vírus se alastrando pelo corpo.
O querer está acima de tudo.
O prazer em te ver – Ó, o prazer em te ver.
Vem pra cá, vamos deitar no chão, vamos viver...
O mar azul a frente projeta a imagem de nós navegando e dançando.
Vamos sair pra ver o mundo, vamos namorar.
A vida é mais, muito mais!
Para a vida é preciso muito menos, muito menos do que pensamos precisar, vamos simplificar.
Sair, cantar, sorrir e só.
Armar a casa lúdica do nosso amor.
Um refúgio sem dor, só se instala nela os momentos nossos, os bons.
Singelos traços de frescor da manhã passada, em que saímos por aí sem saber a hora, o momento de voltar.
Relógio parado, e daí?
A vontade de voltar para casa é nula, inexistente.
Vamos viajar e ficar por lá.
Vamos nos conhecer mais, nos decorar, cada caminho, cada linha, cada traço.
Desenho de você em todas as dimensões.
Quero tocar você – te tirar do papel.
Vamos desenhar o que há de vir com momentos vividos hoje - serão esses reflexos para o amanhã.
Fica do meu lado.
Fica mais.

domingo, 31 de janeiro de 2010

Infravermelhos de paixão

Dias de calor nada mais são do que lembrança do seu calor que me envolve.
São faíscas douradas de felicidade.

Meu amor, estar perto é ser por demais feliz.
É ser livre pra trajar máscaras para ser quem eu quiser.
Ser mil, ser uma só – para você.

Meu sopro de vida, com você sou muito mais, sou flor de doce pólen, sou polinizadora da paz que nos cerca quando estamos a sós.
Olhares são raios infravermelhos, queimam as retinas, são velozes jatos de puro furor.

Não mais guardo sentimentos nutridos de esperança.
Não mais quero ser pára-quedas de minha queda de humor, minha transição de sentimentos ao saber que não mais estaremos.
Será que não?
Não mais direi que te amo quando sei que as palavras serão levadas pelo vento.

E eu permaneço aqui, sempre aqui, na esperança acreditada por ser falsa quando é ela me que me faz viver todo dia na ansiedade por te ver.